IDENTIDADE SOCIAL NA ADOLESCÊNCIA
undefined
undefined
A minha reflexão procura responder à questão: Qual a importância das NTC para os jovens?
As tecnologias podem ajudar na construção de identidade. Seguindo o estudo de Márcia (1966), no estado Moratória, o adolescente pode recorrer às NTC como ajuda à tomada de decisão no âmbito profissional e ideológico. Com o recurso às NTC, os adolescentes investigam e pesquisam consequências das escolhas através de relatos realizados por outras pessoas.
As NTC poderão também proporcionar uma relativização da identidade. Os jovens podem recorrer a ambientes virtuais, onde criam avatares que muito pouco relacionados estão com a sua aparência física ou psicológica. O adolescente pode experimentar ser outra identidade. Deste fenómeno pode advir alguma confusão na determinação de uma identidade, uma vez que o jovem não tem de optar por uma identidade que o identifica, uma vez que em diferentes contextos encarna diferentes personagens. Tal como afirma (Ferreira et all, 2003), Observa-se nesta sociedade do novo milénio uma tendência para o descompromisso. Ora se existe falta de compromisso, a tomada de decisão em relação à identidade pode ser relegada para um estádio mais tardio à adolescência.
Saliento que alguns estudos referidos na bibliografia são já bastante antigos (anos 70 a 90) e, que embora os estádios definidos por Márcia (1966) sejam pertinentes, questiono se as escolhas ideológicas e profissionais são efectivamente realizadas no estádio da adolescência numa sociedade em que cada vez mais se retardam decisões fulcrais como a constituição de uma vida profissional e até familiar.
As tecnologias permitiram a velocidade da informação e difusão de saberes. Com os avanços da tecnologia os adolescentes podem assimilar informação com a família e com a escola e aprofundá-la através de consultas na internet.
Os jovens tem mais mecanismos para a resolução de dúvidas que os afligem. Se tem alguma vergonha em colocar dúvidas aos mais adultos podem encontrar respostas nestes meios tecnológicos.
A definição da identidade faz-se muitas vezes recorrendo a redes sociais onde os jovens assumem defeitos e virtudes sendo aceites/criticados pelos mais próximos e pelos mais distantes.
Numa sociedade em constante transformação e com tanta informação disponível como a actual, que padrões (valores) devem ser preservados? Que meios usar para que os adolescentes possam distinguir o bem e o mal, o certo e o errado?
Numa sociedade com crise de valores, cada vez mais se luta pela preservação dos mesmos difundindo-os pelos diferentes meios de comunicação. Facilmente os jovens percebem a diferença entre bem e mal, é algo instituído pela própria sociedade, família e sistema educativo desde tenra idade.
Fará parte de facto, como lemos na bibliografia, os jovens transgredirem algumas regras instituídas,mas penso que sabem distinguir os seus valores de referência.
Buckingham em Introducing Identity questiona conceitos que estabelecemos como adquiridos. O próprio conceito de identidade pode ser abordado de inúmeras formas mas, de facto, temos uma identidade própria que só se estabelece quando reconhecida socialmente. Actualmente, milhões de pessoas se apresentam na Web mas, muito poucas são efectivamente reconhecidas. A título de exemplo, um grande número de pessoas usa o Twitter sem que de facto outros consultem o seu espaço ou leiam o que publicam. Para o mundo web são anónimos e ninguém reconhece a sua identidade.
Embora pareça uma ideia pré-concebida, o ser humano comporta-se de formas diferentes em contextos diversos. Talvez não esteja directamente relacionado com identidade, mas sim com a adaptação da personalidade a diferentes contextos. Mas quando se constrói esta panóplia de identidades/personalidades? Esta vai sendo construída ao longo do processo de desenvolvimento sendo dado ênfase à adolescência e contexto social em que se muito se aprende e experimenta. Se a experiência for positiva adopta-se determinada postura, se a experiência for negativa recusa-se.
O papel da tecnologia para a formação da identidade é inegável. Os media digitais estão presentes na sociedade contemporânea através da TV, rádio e internet contribuindo para a modificação de hábitos, relações sociais e formas de pensar.Tal como referido por Raymond Williams, a tecnologia é moldada pela sociedade e, a própria tecnologia tem o poder de moldar a sociedade. A tecnologia é encarada como uma ferramenta a que os indivíduos atribuem um determinado grau de importância, esta oferece possibilidades ilimitadas de uso de acordo com interesses daqueles que controlam a sua produção, a sua circulação e a sua distribuição.
A própria tecnologia veio alterar o modo de aprendizagem das gerações mais jovens, uma vez que a adaptação às ferramentas tecnológicas requer método, inovação e criatividade. A aprendizagem das tecnologias é realizada de forma informal, sem educadores ou professores. Os mais jovens aprendem através de tentativa erro e da colaboração com outros interessados. Este tipo de aprendizagem assenta no saber-fazer. O jovem parece deter uma autonomia na sua aprendizagem, aprende o que lhe interessa e não o que lhe é imposto. Contudo, esta aprendizagem informal não significa que os jovens sejam experts em tecnologia, efectivamente sabem usá-la, mas não percebem o seu funcionamento.
As tecnologias podem ajudar na construção de identidade. Seguindo o estudo de Márcia (1966), no estado Moratória, o adolescente pode recorrer às NTC como ajuda à tomada de decisão no âmbito profissional e ideológico. Com o recurso às NTC, os adolescentes investigam e pesquisam consequências das escolhas através de relatos realizados por outras pessoas.
As NTC poderão também proporcionar uma relativização da identidade. Os jovens podem recorrer a ambientes virtuais, onde criam avatares que muito pouco relacionados estão com a sua aparência física ou psicológica. O adolescente pode experimentar ser outra identidade. Deste fenómeno pode advir alguma confusão na determinação de uma identidade, uma vez que o jovem não tem de optar por uma identidade que o identifica, uma vez que em diferentes contextos encarna diferentes personagens. Tal como afirma (Ferreira et all, 2003), Observa-se nesta sociedade do novo milénio uma tendência para o descompromisso. Ora se existe falta de compromisso, a tomada de decisão em relação à identidade pode ser relegada para um estádio mais tardio à adolescência.
Saliento que alguns estudos referidos na bibliografia são já bastante antigos (anos 70 a 90) e, que embora os estádios definidos por Márcia (1966) sejam pertinentes, questiono se as escolhas ideológicas e profissionais são efectivamente realizadas no estádio da adolescência numa sociedade em que cada vez mais se retardam decisões fulcrais como a constituição de uma vida profissional e até familiar.
As tecnologias permitiram a velocidade da informação e difusão de saberes. Com os avanços da tecnologia os adolescentes podem assimilar informação com a família e com a escola e aprofundá-la através de consultas na internet.
Os jovens tem mais mecanismos para a resolução de dúvidas que os afligem. Se tem alguma vergonha em colocar dúvidas aos mais adultos podem encontrar respostas nestes meios tecnológicos.
A definição da identidade faz-se muitas vezes recorrendo a redes sociais onde os jovens assumem defeitos e virtudes sendo aceites/criticados pelos mais próximos e pelos mais distantes.
Numa sociedade em constante transformação e com tanta informação disponível como a actual, que padrões (valores) devem ser preservados? Que meios usar para que os adolescentes possam distinguir o bem e o mal, o certo e o errado?
Numa sociedade com crise de valores, cada vez mais se luta pela preservação dos mesmos difundindo-os pelos diferentes meios de comunicação. Facilmente os jovens percebem a diferença entre bem e mal, é algo instituído pela própria sociedade, família e sistema educativo desde tenra idade.
Fará parte de facto, como lemos na bibliografia, os jovens transgredirem algumas regras instituídas,mas penso que sabem distinguir os seus valores de referência.
Buckingham em Introducing Identity questiona conceitos que estabelecemos como adquiridos. O próprio conceito de identidade pode ser abordado de inúmeras formas mas, de facto, temos uma identidade própria que só se estabelece quando reconhecida socialmente. Actualmente, milhões de pessoas se apresentam na Web mas, muito poucas são efectivamente reconhecidas. A título de exemplo, um grande número de pessoas usa o Twitter sem que de facto outros consultem o seu espaço ou leiam o que publicam. Para o mundo web são anónimos e ninguém reconhece a sua identidade.
Embora pareça uma ideia pré-concebida, o ser humano comporta-se de formas diferentes em contextos diversos. Talvez não esteja directamente relacionado com identidade, mas sim com a adaptação da personalidade a diferentes contextos. Mas quando se constrói esta panóplia de identidades/personalidades? Esta vai sendo construída ao longo do processo de desenvolvimento sendo dado ênfase à adolescência e contexto social em que se muito se aprende e experimenta. Se a experiência for positiva adopta-se determinada postura, se a experiência for negativa recusa-se.
O papel da tecnologia para a formação da identidade é inegável. Os media digitais estão presentes na sociedade contemporânea através da TV, rádio e internet contribuindo para a modificação de hábitos, relações sociais e formas de pensar.Tal como referido por Raymond Williams, a tecnologia é moldada pela sociedade e, a própria tecnologia tem o poder de moldar a sociedade. A tecnologia é encarada como uma ferramenta a que os indivíduos atribuem um determinado grau de importância, esta oferece possibilidades ilimitadas de uso de acordo com interesses daqueles que controlam a sua produção, a sua circulação e a sua distribuição.
A própria tecnologia veio alterar o modo de aprendizagem das gerações mais jovens, uma vez que a adaptação às ferramentas tecnológicas requer método, inovação e criatividade. A aprendizagem das tecnologias é realizada de forma informal, sem educadores ou professores. Os mais jovens aprendem através de tentativa erro e da colaboração com outros interessados. Este tipo de aprendizagem assenta no saber-fazer. O jovem parece deter uma autonomia na sua aprendizagem, aprende o que lhe interessa e não o que lhe é imposto. Contudo, esta aprendizagem informal não significa que os jovens sejam experts em tecnologia, efectivamente sabem usá-la, mas não percebem o seu funcionamento.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
- BALANÇO FINAL DA U.C MEDIA DIGITAIS E SOCIALIZAÇÃO
- DIGITAL MEDIA AND THE NEXT GENERATION SOCIAL WEB
- A INTERNET, OS JOVENS E OS PAIS
- CONSEGUIRIA VIVER SEM TECNOLOGIA?
- ANÁLISE DA IDENTIDADE EM SITES SOCIAIS
- MEDIA DIGITAIS E CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE SOCIAL
- IDENTIDADE SOCIAL NA ADOLESCÊNCIA
- O PERFIL DO ESTUDANTE DIGITAL
0 comentários:
Enviar um comentário